Apenas por pessoas de alma já formada

domingo, 31 de maio de 2009

Um milhão em um dia

O que você faria se tivesse um milhão para gastar em apenas um dia? Eu pagaria alguém para me sequestrar do mundo. Levar-me para longe de tudo e todos. Provavelmente para uma ilha deserta com sombra e água fresca. Ficaria horas e horas contemplando o mar e o eterno ir e vir das ondas. Apreciaria aquela paisagem com encontro marcado apenas comigo. Aquele silêncio que faz a gente se mesclar com o que vê. Diante dos olhos um momento de pura tranquilidade. Uma paz de espírito. Um silêncio amigo. Alegria no peito. Sorriso no rosto. Alívio no coração. Passaria o dia assim. Banhando meu corpo naquela praia paradisíaca. Limpando a alma de todos os sentimentos ruins que ela abriga. Além de refúgio, meu falso sequestro em uma ilha privada seria também como um spa. Apenas frutas e água de coco no cardápio. Ao final do dia, contemplaria o pôr-do-sol que viria a ser, de certo, o cenário de todos os meus sonhos dali em diante. E só então voltaria para o mundo, para ainda pular de bungee jump e assim espantar meu medo de cair. Soltar de asa-delta e aumentar meu desejo de voar. Ver a cidade luz, do alto da Torre Eiffel, tão iluminada como um céu de milhões de estrelas. E por fim, compraria as mais belas e divertidas viagens, com os mais belos e caros presentes para todos meus amigos e familiares, porque não há sentimento melhor do que ver um sorriso de felicidade sincera no rosto daqueles que seu coração abriga com amor e carinho.

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No entanto... A pergunta certa para mim não seria o que eu faria se eu ganhasse um milhão? E sim o que eu NÃO FARIA se eu ganhasse um milhão? Eu não agiria como se o dinheiro justificasse qualquer atitude minha, eu seria humilde. Não frequentaria essas festinhas super badaladas da HIGH SOCIETY, eu viajaria ao redor do mundo. Não sairia mendigando dinheiro, pedindo descontos à torta e direita, eu ajudaria alguma instituição de caridade. Coisas materiais? Eu não as levarei para a viagem que todos nós fazemos para além da vida. Não. Eu faria valer a pena.
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Leilão

Robert Pattinson leiloa em Cannes um beijo em prol de causa beneficente (leia mais). Capricho pergunta: quanto você pagaria por um beijo com o galã?
Convenhamos. Você dá o lance para a causa beneficente a fim de um beijo no Rob dar, mas o que você quer não é o beijo. O que você deseja comprar é a idéia de o beijo ser suficientemente maravilhoso a ponto de ser mais do que um mero beijo. Manchete: Extra! Extra! Fã compra um beijo e ganha um namorado for free. É isso que você quer. Não o beijo. E ele não vende o beijo. Ele vende um ato de solidariedade. O conflito então é formado. Você querendo mais do que um beijo e ele sabendo que nada além disso vai ser. Mas caridade é feita. E é isso que importa. Você, no final, apenas espera que o destino, compadecido de seu ato solidário, faça a caridade de lhe dar um Edward de presente para ter sempre ao lado. Porque você também não quer o Rob. Você quer o personagem e sabe lá se ele não é o vilão ao invés do mocinho. Se eu tivesse o dinheiro eu deixaria as análises invejosas de lado e arriscaria um possível conto de fadas. Afinal é para caridade, não? Mas eu sei que eu não estaria comprando o beijo e sim a ilusão. Quantos aos valores. Deixe-me ver. Quanto eu gastaria? O quanto meu bolso permitisse!

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Liberdade

Abro as asas, limpo a mente, não penso em mais nada. Livre de paradigmas, vôo. Com ar nos pulmões e vento no rosto sigo sem direção. Vôo, vôo, vôo. Livre, vôo. Sinto, no entanto, minha energia se esvaindo. Cada vez menor, ela torna-se com o passar das horas. Preciso me alimentar. Água preciso beber. E cada vez mais fraca vejo que independente não posso nada. Nunca serei completamente livre, pois, dependendo de algo, eu sempre estarei. Até mesmo para ser livre e voar de ar preciso. É verdadeiramente feliz quem consegue encontrar a felicidade no pouco de liberdade que nos é ilusoriamente dado. Liberdade é relativa (assim como tudo na vida). Dependo da reação das pessoas para agir. Não posso me expressar livremente, sem restrição. Há regras, leis e penas severas para quem vive livremente sem restrição e controle. (Vide dicionário liberdade: condição de uma pessoa de ser livre de qualquer restrição ou controle) Gosto de depender de certas coisas e digo em voz alta que NÃO, NÃO SOU LIVRE, porque não posso, por exemplo, gritar para o meu amor que SIM, O AMO MAIS DO QUE QUALQUER COISA NESSA VIDA. Não posso, pois não sou livre de meus sentimentos. Sinto medo. Medo da reação dele e de punida ser pelas grades da rejeição. (O medo é bom, não me leve a mal, ele nos faz ver o que vale a pena na vida) Além do mais, agrada-me ser presa a regras que impedem Osama Bin Laden e George W. Bush de explodirem o mundo e matarem quem quer atravesse seus caminhos. Se a liberdade deixar de ser uma utopia um dia, viveremos de certo em um mundo livre, no entanto longe de prosperar. Então, a liberdade sendo uma utopia não existe? Existe em partes. Em determinadas áreas de nossa vida, mas não em tudo. E você pode até viver livremente por aí sem pensar em nada e estar completamente livre da necessidade de ser aceita pelos outros, mas que esteja disposto a agüentar as conseqüências, porque até para a própria liberdade há regras. Eu gosto de ser presa. Presa à vida e a todas as pessoas que eu amo e dependo incondicionalmente. Liberdade é um sonho que só é bonito, enquanto dormimos estamos, e não acordados nesse mundo real que nos aprisiona sem liberdade condicional.

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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Viver

Menino era mal-acostumado. Não sabia andar sobre as próprias pernas. Sempre em costas alheias. Nunca no chão presente. O custo foi fatal. Não conseguia mais nada sozinho. Precisava dos outros. E agora que só estava? O que fazer? Tentava, mas nada conseguia. Suas pernas atrofiadas estavam. O sangue parou de nelas correr. E quer saber? Ele ainda assim não desistiu de viver.
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Nunca é tarde para correr atrás do que você realmente quer.
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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Fugindo

Construo uma outra Vanessa
Escondo defeitos
Invento feitos
Tudo bem do jeito
Que somente eu desejo
Uma Vanessa única
Constante, atraente,
Fácil de amar e entender
Uma Vanessa sem corpo,
Sem molde
Nem gorda, nem magra
Sem estereotipo
Uma fantasia, uma ilusão
Um eterno desejo
em constante mutação.
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terça-feira, 26 de maio de 2009

Deslocada

Separo-me do que sou, do que os outros querem que eu seja e demoro a voltar. Porque afinal é bom demais tirar férias desse mundo. Mas dessa vez fui longe demais. Demorei muito tempo para voltar e, quando o fiz, não achei meu lugar. Não me reconheço mais. Não consigo, nem quero voltar a ser o que era. Seria um castigo viver como antes e agora, como fazer? Já não há mais lugar para mim nesse mundo. A solução não existe. Ou existe e não vejo?
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sábado, 23 de maio de 2009

VOCÊ

Eu tive um sonho. Nós estávamos de mãos dadas. Você ia para um caminho diferente do meu. A bifurcação chegou. Eu sabia que aquela era a hora. A hora na qual teríamos que nos despedir e diferentes destinos seguir. Mas eu não conseguia largar a sua mão. Tentava postergar por mais alguns minutos. Era inútil. Eu acordei, mas o sonho continuou. Uma só cena. Uma só observação. O que aconteceu? O tempo parou.

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O tempo parou no instante em que você partiu. Eu me lembro de como você estava. Cabelos úmidos. Você havia acabado de sair do banho. O cheiro do hidratante de baunilha, que eu tanto amava em você, exalava de sua pele como perfume. Você parou na porta e dali não se mexeu. Eu notei pelo seu olhar que havia algo errado. Seus olhos nunca mentiam. Os mesmos olhos que sempre sorriram para mim, agora me notificavam que algo ruim estava prestes a acontecer. (A bifurcação iminente chegou.)

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Você disse que não queria que nosso passado ficasse para trás. Você me pediu para não abandonar nossos momentos assim ao vento. Mas era você quem nos abandonava e não eu.

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Tudo era tão mais frio agora. Uma simples brisa, um banho...
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As coisas estão acontecendo justamente como você planejou. Esquecemos de nós mesmos. Mudamos por algo tão pequeno? Mas ainda assim eu não consigo tirar você de minha mente, que insiste em vagar à sua procura. E quando você passa tão rápido meus olhos passam tão rápidos quanto você, tentando lhe acompanhar. Por que você me diz agora que me odeia? Não era amor, afinal?
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Faça o que você quiser. Tente tapar o buraco com esse outro alguém. Eu já achei o meu lugar. O único lugar que de ti consigo (ficar longe) fugir. Deito meu rosto ainda úmido no travesseiro e tento esquecer tudo que me angustia. Eu magoado e você forte como uma pedra. Pedras choram? (Eu soluço.) O que fui a ti? Um nada para ser tão facilmente esquecido? Venha sono, venha. Leve-me para longe dessa pedra que com um outro alguém tenta de nós esquecer.

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Esse não é o lugar certo para pensar isso. Eu sei que estou certo. Matar algo (a dor) que me faz tanto mal.

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Até que acabou. Eu matei (a dor). O amor.

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sexta-feira, 22 de maio de 2009

AMIZADE

Olha, eu sei que nunca dizemos em voz alta. Eu sei que nunca falamos um para o outro. Apenas sentimos e eu sei que isso por si só já basta. Mas deu uma vontade de falar! Falar que sem você nenhum momento é igual, pois não tem graça vivê-los e depois não ter você para contar. (Contar que eu ri, que eu sofri, que só faltou você lá.) Deu vontade de dizer também que se não fosse por você eu nem estaria aqui. Dizer “Obrigada!” pelos puxões de orelha nos momentos certos, os afagos na cabeça quando tudo parecia errado e o colo fazendo meus soluços desaparecerem, porque tudo fora do lugar estava. Quero tentar expressar também que sem você meu mundo para e que por mais que eu tente, nunca conseguirei externar todo carinho que sinto por você e que qualquer um consegue ver só de olhar. Você é o anjo que me levanta quando eu caio. Um anjo que insisto em chamar de amigo, quando sei que é muito mais que isso. E às vezes eu tenho medo de você perceber que faz mais bem a mim do que eu a ti. Mas saiba que pode contar comigo. Apesar de tudo. Que eu erro (porque sou humana), que às vezes sou egoísta (porque mal-acostumada estou) e que tantas vezes te deixei na mão, mas que eu TE ADORO (ao contrário do que os meus atos falem) e nem sei o que seria sem você em minha vida. Porque isso é amizade para mim. É carregar para sempre em meu peito o carinho enorme que sinto por ti, anjo amigo que não mora no céu, mas mora no meu coração de certo.

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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Parte 4

___Última aula: QUÍMICA. Matéria interessante... Não consigo deixar de me perguntar: será que eu e a bela menina teríamos química? Ela deve beijar bem! Fico esperando que seu namorado, sim, não beije bem, assim eu teria mais chance. No entanto, tudo é questão de química. Nós temos que ter química!
- Thiago?
___Eu conheço essa voz...
- Eu soube que você estava querendo uma carona para casa?
___Patrícia! Como ela ficou sabendo que eu queria carona para casa?
- Não, Patty. Tranqüilo...
- Sabe se você quiser minha mãe e eu podemos te deixar em casa. Sua casa fica no meio do caminho da minha...
___Ônibus lotado ou carona confortável? Carona confortável sem dúvida, mas não ser espremido em um ônibus lotado implicaria ficar devendo favores para a Patrícia... Hum...
- Ah, Patrícia...
- Patty, Thi.
___Thi? Desde quando alguém me chama de Thi?
- Então, Patty, se não for incômodo...
- Combinado então.
___Ai, que eu não me arrependa disso! Por que ela não pára de olhar para mim? O professor também parece ter ficado tão incomodado com os sorrisos dela quanto eu.
- Espero que a minha aula não esteja atrapalhando o namorinho de vocês...
___Professor, meu salvador!
- Desculpa, mestre.
___Ele gosta de ser chamado de mestre e a Patrícia sabe muito disso.
- Você poderia fazer o favor de voltar seu corpo para frente da sala, senhorita?
___O professor toda vez que chama a atenção de um aluno se refere a nós como “senhor” ou “senhorita”. Depois desse “senhorita”, a Patrícia imediatamente corrigiu sua postura na carteira e tirou o sorriso da cara. Mas ainda assim não parou de me olhar vez ou outra, vez e sempre. Eu mereço!
(continua)
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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Parte 3

Primeira aula: GEOGRAFIA. O professor até que é gente boa, mas não faz milagre. O assunto é um porre e a única localização geográfica na qual eu estou interessado no momento é na dela. Onde será que ela estuda? Seu namorado com certeza estuda no mesmo colégio que o dela. Ou não. Uma guria como ela poderia muito bem estar com um universitário. Aí que eu não vou ter nenhuma chance mesmo! E se aquele pedaço de papel que eu devolvi a ela não tivesse nenhuma importância? Tendo assim ido para o lixo, destino de todo pedaço de papel sem importância? Aí meu nome e número estarão no lixo também...
(alguém interrompe minhas indagações)
- Thiago? Desculpa te incomodar é que a Patty pediu para eu te entregar isso.
Um bilhete. Ótimo! Mais um, e de quem? Da Patty! De quem mais poderia ser? A Patrícia (ou Patty como ela insiste em ser chamada) é a guria da minha sala que acha que só porque é bonita pode ter qualquer garoto aos seus pés. Realmente ela é muito bonita, mas ela se acha tanto que para mim ela é a mais feia da sala. A guria da parada não. Ah, ela não parece ter consciência de sua estupenda beleza e isso a mim só a torna ainda mais bela!
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terça-feira, 19 de maio de 2009

Parte 2

Se ela ao menos tivesse me dado um sorriso, eu não estaria tão irritado por estar me sentindo uma sardinha enlatada nesse ônibus caindo aos pedaços, cheio de pessoas que, como eu, também devem estar se sentindo sardinhas enlatadas. Ah, Thiago, por que ela te daria um sorriso se ela tem namorado? Que cara sortudo! Ela, às seis horas da manhã, com a pele tão limpa, só de camiseta, jeans e tênis, cabelo amarrado, tão simples e ainda assim tão linda! Bem que ela podia não ter namorado e me ligar assim que pegasse meu número. Qual será o nome de tão bela menina? O ônibus chega finalmente e eu nunca fui tão grato por chegar ao colégio! Fico surpreso por ainda ter pés para andar...
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Objetivo do dia: conseguir desamassar meus pés que tanto foram pisoteados no caminho para cá...
Expectativa do dia: receber o telefonema dela!
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Ah e não dormir na aula! Nossa, como eu estou com sono!
(continua)
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segunda-feira, 18 de maio de 2009

THIAGO PARTE 1

Meu pai ficar dois dias sem carro DEFINITIVAMENTE não é nada bom. Primeiro, porque ele se recusa a me dar o dinheiro p/ táxi. Segundo, porque todos os meus amigos moram longe, me impedindo de pegar uma carona. E, terceiro, porque, sendo assim, eu vou ter que pegar ÔNIBUS. Nada contra ônibus, exceto pelos pegos às 6 horas da manhã. Como se não bastasse ter que acordar mais cedo que o normal, eu ainda tenho que pegar um ônibus, no mínimo lotado, para ir a um local que eu nem queria ir. Não preciso nem dizer que cheguei, no mínimo, irritado na parada, quando meu mal-humor de repente sumiu dando lugar à admiração. Quem poderia ser aquela que agora servia como colírio para meus olhos e remédio ao mal-humor? Será que ela viu meu bocejo largo? Eu deveria ter dormido mais cedo. Como ela deve estar me achando mal-educado. Será que ela está todos os dias aqui? Ou será hoje um dia excepcional como é para mim? Pegar ônibus nunca me pareceu mais fascinante... Uma folha caiu de seu caderno. Ela parece não ter notado. Talvez esteja concentrada demais pensando em um namorado? Ela deve ter um namorado! Como alguém tão linda assim não teria alguém do lado? Ela realmente não percebeu o papel caído. Talvez, eu possa devolvê-lo junto com meu nome e número. Droga! Aquele é o meu ônibus, vindo logo agora. Tenho que ser rápido.
- Creio que isso seja seu. (dei o papel com meu número junto com o papel que caído de seu caderno havia)
- Ahn? (ela parecia confusa, com certeza distraída, pensando no namorado) Ah, obrigada.
E quando ela me olhou, não mais confusa, eu desejei que o momento tivesse ali parado. Ela não parecia mais estar pensando em namorado algum. E como era linda! Foram apenas alguns segundos e eu realmente queria ter me perdido mais em seu olhar, pedindo a ela no final para largar seu namorado e comigo ficar, mas eu tinha que pegar aquele bendito ônibus lotado.
(continua)
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domingo, 17 de maio de 2009

O que o coração quer

Quem jamais se sentiu incapaz de entrar em um relacionamento, quando o último fora um desastre? Quem jamais pensou que aquele sentimento bom e mágico duraria eternamente, mas que, no final, acabou não durando nem uma década? Sentimentos. Às vezes, o corpo é incapaz de fazer o que a mente manda. Só faz o que o coração quer. Obedece apenas a ele e a mais ninguém. Por quê? Porque preferimos acreditar no que é bom para nós a crer em verdades que só nos farão sofrer!? Porque preferimos arriscar alguns minutos de felicidade a um sofrimento imediato!? A verdade é que o nosso coração é sempre movido pela esperança. Esperança de sermos eternamente felizes. Mas será que existe uma felicidade eterna? Não são sempre os momentos pós-infelicidades os melhores em um relacionamento, por exemplo? Quando reatamos após uma briga boba...
A verdade é que procuramos sempre homens lindos, carinhosos e extremamente perfeitos, mas o que fazer quando o nosso coração não quer o mesmo que a gente? O que fazer quando ele insiste em querer as pessoas que mais nos fazem sofrer? Acho que a resposta é NADA. No final de tudo é o coração que manda e a mente nada pode com ele a não ser olhar e esperar. Esperar até a queda. Esperar até a desilusão. Esperar até o momento em que possa dizer: “Eu falei, eu avisei!”. E esse momento sempre chega. Cedo ou tarde. Sonner or later, it always come.
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O que fazer, afinal, se amar é tão bom?

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sábado, 16 de maio de 2009

SUPERego

Meu super-herói é invisível, mas tem habilidades incríveis. Seus vilões são muitos, mas podem ser caracterizados como todos aqueles que carecem de educação ambiental. O que meu super-herói faz? Ele atua na consciência dos vilões transformando-os em seus ajudantes. Ele não é infalível. É difícil demais trabalhar na cabeça daqueles que, com tanta dedicação, insistem em destruir o seu principal objetivo: a eliminação de qualquer ato que prejudique o nosso querido planeta, a Terra. As pequenas mudanças que ele implanta na cabeça de seus vilões variam entre o uso de canecas e sacolas plásticas (diminuindo o uso de copos e sacos plásticos), não mais desmatamento e poluição, menor consumo de produtos industrializados, redução de energia e água, e principalmente, uma preocupação mais consciente de seus atos. O SUPEREGO sabe que não é o maior super-herói que já existiu, nem tem o objetivo de assim ser. Ele apenas quer que, com as pequenas medidas que ele faz seus vilões tomarem, haja uma crescente contribuição para a sustentabilidade de nosso planeta. Mas ele sabe que sozinho nada pode. É necessário que tenhamos a mente aberta e deixarmos por seus incríveis poderes sermos tocados.

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quinta-feira, 14 de maio de 2009

Enquete

Gente, (possiveis leitores)! Estou com uma dúvida me consumindo! Queria a opinião de vocês. Já sei uma opinião e ela a favor né? Mas vocês seriam também? Eu estou pensando em escrever um final mais feliz para essa história, então pensei em fazer mais seis partes, desde o ínicio, só que agora com a versão do Thiago. Como ele a viu pela primeira vez, a mesma cena, mas do ponto de vista masculino. E depois das seis partes (ou sete não sei) eu escreveria um final com uma narração neutra na terceira pessoa, sem a narração dos dois. Vocês acham que ficaria muito cansativo? Vocês já estão cansados dessa história? Vou deixar esse post em aberto até sábado, se vocês forem a favor da continuação eu já posto na segunda mesmo! É que tem uns dois post para a revista ainda (na verdade são tres, mas eu vou escrever só dois).
Beijos.
P.S. agradeceria muito se vocês dessem a opinião de vocês!
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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Parte VII

Hoje o dia amanheceu diferente. Uma chuva caía sobre nós. Ele já estava na parada quando eu lá cheguei. Os cabelos encharcados (não mais arrumados), mas a pele ainda tão perfeita quanto no dia anterior. Ele me olhou por alguns segundos, mas não deve ter gostado do que viu, pois logo direcionou seus olhos para o chão, depois para a rua, para o céu, para a água que escorria perante nós, mas não tornou a olhar para mim. E olha que hoje me arrumei mais do que ontem. Talvez tenha exagerado. Mas isso significava outra coisa também: o número não era para mim. Talvez não fosse nem dele. Mas como aquele número teria parado entre meus garranchos? Para variar, o meu ônibus estava atrasado e eu incomodada a cada segundo que passava com o olhar que a mim não voltava. De repente, um carro passa sobre uma poça d’água e molha não só a mim, como ao garoto dos meus sonhos também. Ele me olha (FINALMENTE), eu olho para ele (chateada com o carro, mas contente com o olhar voltado) e rimos os dois pela situação passada. Como seus dentes eram perfeitos. E logo agora o meu ônibus acha de passar. Droga! Eu toda encharcada, mas isso era o de menos. Ele finalmente havia voltado a olhar para mim. Estávamos os dois rindo e logo agora o maldito ônibus vinha. Eu nele subi, embora minha vontade fosse ter ficado (eu podia dar aos meus pais a desculpa da chuva, do carro que me encharcou, impossibilitando-me de ir à aula, mas infelizmente eu tinha prova hoje). No entanto, ao subir no ônibus, vi que não o fiz sozinha. Lá estava ele. Logo atrás de mim. Que agradável surpresa! Milagrosamente havia dois assentos vagos, um ao lado do outro. Eu sentei e ele sentou logo depois de mim (DO MEU LADO!). Meu sonho finalmente estava se realizando, mas a realidade tratou logo de me entristecer. Fomos os dois calados o tempo todo. Meu coração palpitava tão forte! Eu queria ter dito algo, mas minha timidez me impedia. Até que...
- Eu não sei o seu nome... (ele finalmente fez o que eu não tive coragem de fazer)
- Oi? (eu pergunto confusa, será que ele estava mesmo falando comigo? Será que ele realmente falou algo? Ou foi apenas um delírio de uma mente apaixonada?)
- Eu não sei seu nome, (SIM ELE REALMENTE FALOU COMIGO) nem sei se você viu o meu número no papel que eu discretamente lhe dei ontem. Então, só para ter certeza de que você realmente está me dando um fora, aqui está o meu número.
E ele desceu do ônibus, junto com a minha habilidade de manter a boca fechada. Porque, sim, ali fiquei, boquiaberta, tentando absorver o que havia acabado de acontecer. O número ERA PARA MIM e como eu não me importava de estar parecendo pinto molhado no meio de um ônibus milagrosamente não lotado.
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terça-feira, 12 de maio de 2009

Parte VI

Cabelos soltos? Sim. Blusa menos básica? Sim. Maquiagem leve? Sim. Perfume? Sim. Dentes escovados? Sim. Mãos firmes? Não. Meu Deus, como eu estou nervosa! O que de mais pode ocorrer? Esta situação de certo é melhor do que a do telefone. Menos risco de situações embaraçosas. Mas eu não consigo controlar meus nervos ainda assim. Em menos de dez minutos, eu estarei vendo o garoto dos meus sonhos. Ou não. É muito importante lembrar do “ou não”. Afinal, ele pode nem aparecer. Ai ai. Cansei. É agora ou nunca. Lá vou eu. Que esteja um dia bonito como ontem! Que ele esteja lá! E o mais importante: que eu não me decepcione!
(continua)
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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Parte V

Nada mudou. O cenário talvez, porque não estou mais no colégio. Estou agora em casa. O relógio também andou, mas ainda estou fazendo o que há dez horas estava a fazer. Ainda estou encarando o número e meu covarde dedão. Já é muito tarde. Não irei ligar agora. Ele já deve estar dormindo. Afinal, ele (assim como eu) acorda muito cedo. Eu também já deveria estar dormindo, mas a ansiedade me impede. Essa seria a atitude mais sensata a tomar. Dormir e esperar vê-lo de manhã para confirmar seu interesse em mim ou desiludir-me com meus temores. Se ele olhasse para mim, isso seria o bastante para saber se aquele número é ou não dele. Mas e se ele não estivesse na parada amanhã? Afinal, eu nunca havia o visto ali antes. Correria o risco. E me arrumaria mais do que hoje também. Ele podia não aparecer, mas se aparecesse eu tinha que estar mais bonita do que nesta manhã. Uma maquiagem leve, uma blusa menos básica, o tênis infelizmente eu não consigo deixar de usar. Mas os cabelos DEFINITIVAMENTE soltos. Então, está decidido. Largo o celular e me preparo para dormir. Como se eu fosse conseguir...
(continua)
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sábado, 9 de maio de 2009

Parte IV

11h30min. Última aula do dia. Matemática. Eu não estava prestando atenção na aula. Não conseguiria nem se quisesse. Estava concentrada demais em meus próprios problemas. Desde que vi aquele número em meio aos meus garranchos, mergulhei em um mar de indagações. Será que era mesmo ele? Será que haveria alguma possibilidade de isso ser um engano? Uma alegria tamanha insistia em subir e descer em meu estômago, trazendo um sorriso tão sincero e espontâneo ao meu rosto que não conseguia controlá-lo. Eu queria que as aulas acabassem logo. Não agüentava mais tantas indagações. Queria poder ligar para aquele número e descobrir, afinal, se era o garoto dos meus sonhos ou não. Mas o que falaria a ele? Seria o número mesmo para mim? Poderia nem ser dele também. Mas de quem senão ele? E se fosse realmente, mas ele nem se lembrasse de mim? (a campainha toca anunciando o término das aulas) Graças! Corro para fora do colégio tão rápido que me pergunto quantas pessoas foram atropeladas por minha correria. Ligo o telefone, disco o número e não encontro força em meu dedão para apertar o botão SEND. Tento outro dedo. Nada. Nenhum movimento. Ah, qual é? Cadê você quando mais preciso, coragem?
(continua)
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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Parte III

Primeira aula: Educação Religiosa. Pego meu caderno, abro-o e procuro a matéria certa. Encontro tudo, menos a matéria Educação Religiosa. Vejo até meus pedaços de folha soltos, preenchidos todos com os pensamentos que vagavam em minha mente nos momentos nos quais os escrevi. Como minha letra parecia um garrancho quando escrita depressa! De repente, vejo um garrancho diferente. Um número de celular com um nome: THIAGO. Não é possível. Meus olhos não querem acreditar. Seria ele? O garoto de cabelos escuros e pele clara? A professora interrompe minhas indagações.
- Carolina, você acredita em Deus?
E de repente uma convicção tão grande surgiu em minha garganta que respondi mais depressa do que o normal.
- Sim, professora. Acredito.
Se acredito? Não apenas acredito, como sei que existe. Quem mais poderia ter transformado meu sonho na realidade que eu tanto queria? Sim, ele existe. E como agora eu acreditava com mais convicção nisso.
(continua)
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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Parte II

Quando entrei no ônibus não havia nele escrito que me levaria tão longe. Viajei, sentada ali naquele ônibus, a um sonho que me remeteu muito àquela manhã. Já havia sonhado com aquela situação. Com o garoto de cabelos escuros e pele clara trocando algumas palavras comigo. Mas, em meu sonho (ao contrário do ocorreu naquela manhã), ele fingia ir para o mesmo local que eu, fazendo-nos assim pegar o mesmo ônibus. Trocávamos figurinhas, ríamos e olhávamo-nos de uma maneira tão cúmplice e sincera que lembro de ter ficado profundamente triste ao acordar. Queria que o sonho fosse realidade e naquela manhã quase o vi tornar-se real. Mas não aconteceu. Eram os mesmos personagens e o mesmo cenário, no entanto as atitudes foram diferentes. Ops! Um solavanco. O ônibus pára, de repente, e param também meus pensamentos. Hora de descer e enfrentar mais uma manhã de aulas monótonas. Ó, Deus, como eu já havia esquecido esse sonho! Por que trazê-lo tão próximo de mim se nunca irá transformá-lo na verdade que tanto quero?
(continua)
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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Parte I

As cores reluziam perante meus olhos. O amarelo do sol tocava o verde das árvores que contrastava com o azul do céu. Não era um céu limpo. Um cinza claro se impunha sobre aquele lindo azul celestial, mas não tirava sua beleza. Eram nuvens apenas. Eu havia recém acordado. Meus cabelos presos em um coque improvisado. Calça jeans, camiseta branca, um tênis qualquer e uma bolsa transpassada no corpo. Cara limpa, tão sem espinha e olheiras (que estranho isso, aliás), quanto sem maquiagem. Um bocejo. Como eu odiava acordar cedo. Então, de repente, você apareceu. Primeiro, admirou as cores que reluziam perante nossos olhos. Depois deu um bocejo tão largo quanto o meu. Você também tinha um rosto tão limpo quanto o acima descrito. Rosto de quem acabou de acordar e deu uma boa lavada não só por higiene, mas também para finalmente despertar. Depois do bocejo, você me olhou um pouco desconcertado. Talvez envergonhado pelo bocejo dado. Que fofo! Como parecia educado. Eu deveria ter me maquiado. Você estava tão mais que eu arrumado. Como aquele era o dia errado! Você olhou para o chão, depois lentamente subiu o olhar em minha direção. Como você conseguia ser tão lindo àquela hora? Ninguém podia ser tão encantador às seis e meia da manhã. Ele não parou de olhar para mim. Será que meu rosto estava sujo? Será que eu estava enganada e havia alguma espinha ou olheiras em meu rosto? Você se aproximou ao perceber o que nem eu havia notado: uma folha de papel caiu de meu caderno.
- Creio que isso seja seu.
- Ahn? (olho o pedaço de folha com meus garranchos) Ah, obrigada.
E ele nada mais disse. Seu ônibus chegou e com ele partiu. ‘Creio que isso seja seu’ foram as únicas palavras que eu dele ouvi. E ele partiu. O garoto dos meus sonhos. Foi assim que eu o vi. Pela primeira vez em meus sonhos e pela segunda em uma parada de ônibus às seis e meia da manhã...
(continua)
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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Falso porto seguro

É uma verdade universal: a mentira tem perna curta. Mas ainda existe aos montes por aí. É a solução mais prática, menos dolorosa, a mais usada sempre. O mundo nos acostuma mal. Faz-nos acreditar que é normal mentir. Quando normal seria não utilizar a mentira em momento algum. Mas, afinal, mentira, o que é? A mentira é o porto seguro daqueles que fogem de inconvenientes verdades, sejam elas quais forem. Ora sentimentos (melhor silenciados que revelados), ora erros (anteriormente cometidos, agora arrependidos), ora defeitos (escondidos em mentirosos silêncios ou maquiados em falsos elogios). Mamãe nos ensinou assim. Não minta, mas também não diga a verdade nua e crua. Ela não quer que seus filhos não sejam aceitos por sempre falar a verdade. Quem nunca mente é tido como grosso, estúpido, totalmente insensível com os sentimentos alheios. E nossas mães não querem isso para nós. Mal sabem elas que ao fazermos isso, passamos a mentir não apenas aos outros, mas a elas também.
Por isso, mintamos. Mintamos para assim sanar a falta de coragem em deixar de lado a falsidade (que tanto impera em nós) e sinceros não sermos com quem não pede nada além de nossas verdadeiras palavras.
Mas cuidado. O Ministério da Saúde adverte: a mentira vicia. E se não cuidarmos atentamente dela, ela nos modifica de tal forma que um dia já nem saberemos mais quem somos. Engana-se quem pensa que pode enganar a si mesmo. Há pessoas que nem enganar os outros conseguem. Que dirá suas consciências...

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sábado, 2 de maio de 2009

Delírios de consumo

Quando o delírio é grande não há anestésico que segure.
V.
Há consumistas altas, baixas, magras, gordas. O que não há é um perfil exato para o consumismo desenfreado que atinge nós mulheres. Com os homens também ocorre o mesmo. Mas eles se limitam a videogames e carros. Nós não. Temos roupas, bolsas, jóias, sapatos, perfumes. Ah! Dá vontade de correr para o shopping mais próximo só em pensar... Se você tem aquela silhueta na qual nenhuma roupa contenta, sua fixação é sapato. Se você detesta seus pés, porque eles são muito feios, ah, então sua paixão é bolsa. À tiracolo, transpassada, maxi, big, little, não importa. Bolsa é o seu objeto de consumo. Se não bolsa, jóia. Se não jóia, perfume. Ou isso tudo junto mais maquiagem, livro, cd, dvd... E o que fazer para segurar tanta fixação? Solução pessoal: quando for ao shopping, guarde a sete chaves os cartões de crédito. De preferência em casa. Não os carregue de jeito algum com você. Dinheiro no bolso? Apenas o necessário. Possível problema nessa solução: se você deixar em casa os cartões, mas levar sua identidade, as lojas nas quais você possui cartão, podem dar uma autorização, mesmo sem o maldito cartão em mãos, para realizar a compra que você quiser e lá se vai por água abaixo a solução dada acima. Solução substituta: passar longe de shoppings. Se você não vê, não há como querer. Difícil? Eu sei. Não existe inibidor de compras (ainda). E, se existir, alguém me dá a prescrição? O único remédio que eu conheço ainda é a força de vontade. E haja força nisso, principalmente quando nos deparamos com uma placa enorme escrita PROMOÇÃO! Realmente fica difícil não delirar...

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posted by mente inconstante at 16:29 5 comments

Toque de recolher

É isso aí. O governo diz: “Tirem as crianças das ruas, porque nós não as mantemos suficientemente seguras para seus filhotes andarem à noite. É perigoso. Nós não damos conta da segurança pública e quem paga o pato são os seus filhos. Porque, afinal, shows de bandas tri acontecem cedinho mesmo. Antes das 22h seus filhos já estarão em casa felizes à beça. Até mesmo festas de aniversário acabam cedo. 22h e até o pessoal do buffet já estará em casa...”
Não é vadiagem ficar na rua até tarde da noite. O problema é a segurança. Nossos pais ficam preocupados, porque sabem o quanto as ruas são perigosas à noite. Cada um sabe o que faz. Evitar com que os adolescentes encham a cara em barzinhos? Baixa a lei Proibido Para Menores de 18 anos. Mas qual é? Nós sabemos muito bem das baladas inofensivas que estaríamos perdendo tendo que estar em casa às 22h. Até o cinema ainda bomba esse horário. O problema está na consciência e educação de cada adolescente e não creio que o toque de recolher consiga mudar nada além de nossos horários.

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posted by mente inconstante at 16:20 3 comments