Apenas por pessoas de alma já formada

segunda-feira, 26 de março de 2012

Alguém me ajuda?

Enquanto eu fujo, você fica e ganha uma companhia que me irrita quando volto porque você-bem-sabe eu sempre volto, mas é à contra-vontade. Se dependesse de mim, eu nunca mais retornaria a esse ponto, mas há a sociedade e fingimos nos dar bem, embora não dessa vez, porque dessa vez eu não visto sorrisos falsos. Detesto a situação na qual estamos. Não conseguimos cair no esquecimento. O sentimento continua e o que podemos fazer se não há nada a ser feito? Mas o coração não entende e sofre por estar preso em um beco sem saída. Caio nas mesmas palavras e estaria tudo bem se não estivesse presa nos mesmos sentimentos.
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quinta-feira, 22 de março de 2012

Estática

Já não posso mais com essas ruas tortas. O quanto te custa admitir que eu faço parte do seu ser de uma forma tão intrínseca que não há mais como partir? Se insiste na ilusão, rogo então para que me deixe ir sem a possibilidade de retorno, mas teu medo de sentir saudade sem cura é maior que o apreço por minha pessoa. Por isso, me procura no número certo, mas de endereço errado. E eu colido em um beco sem saída, o que não importaria se no final dele estivesse você. Embora nunca esteja, porque você está sempre de partida e isso de becos não é contigo, porque você não é de reformas. Só de casas novas. E a minha infelicidade está em ser justamente um casebre antigo demais para você tentar reaver. Oco é o vazio. Eco é onde as minhas perguntas mergulham na procura por um beijo eterno seu.
posted by mente inconstante at 15:04 1 comments

domingo, 11 de março de 2012

Aroma

Quando te ouço, não me contenho. Corro em sua direção como se estivesse à sua procura há tempos, mas você nunca vem. E se vem, parte no mesmo instante, quase tão rápido que nem deixa rastro, a não ser pelo perfume. Se ele não fica impregnado no ar, estabelece raízes na memória. Fecho os olhos e sinto você. Sinto forte! Se fosse apenas o perfume...
posted by mente inconstante at 12:20 2 comments

quarta-feira, 7 de março de 2012

Menina

Para que tanta pressa, Camila, se não há ninguém na espera, Camila, para quê? Por que atropelas tantos, menina, e foges sempre da cena do crime, menina, por quê? Por que essa ânsia de tudo se nada te agrada, Camila, por quê? Para que essa tromba na cara, cuspindo fogo a todos, Camila, para quê? Se não andas satisfeita com a vida, menina, arruma tuas malas e parte, já que parada no meio do caminho não podes. Há outros querendo passar. E fazer cara de menina manhosa, Camila, não adianta. O destino enxerga tuas entranhas e tu és vazia, menina, vazia como a tua vida. Tua inocência não vale de nada em um mundo onde maldade custa os olhos da cara e teus olhos, ah, Camila, esses olhos lacrimejantes não valem quase nada, já que nunca abriram para ver o raiar do dia. Por falar nisso, onde estão teus sorrisos, menina, onde estão? Para que escondê-los, Camila, se é tudo o que uma pessoa pode realmente querer da vida? Chama-se a isso felicidade, menina, e por ora é tudo o que precisas saber.
posted by mente inconstante at 09:01 0 comments

domingo, 4 de março de 2012

E se...?

E se você fosse engraçado? E se você fosse do tipo que faz questão de andar de mãos dadas? E se eu encostasse meu rosto em seu peito e o mundo parasse nesses poucos segundos de conforto? E se isso tudo acontecesse e eu me viciasse? Porque é fácil demais se viciar no que é bom.
posted by mente inconstante at 23:28 0 comments