Apenas por pessoas de alma já formada

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Afinal, para que a pressa?

Esse ano foi o ano dos erros, das besteiras, dos shits. Trouxe muitas dores. Dor de cabeça, dor de rompimentos, dor de arrependimentos, mas muitas alegrias diversas também. Normal. Isso é viver. É errar, é aprender. É assumir responsabilidades. Esse ano, eu comecei a andar com as minhas próprias pernas. Comecei a sentir que os músculos estão ali para serem usados mesmo. Estou aprendendo muitas coisas com essa nova vida bandida. Mas sei que ainda há muito chão pela frente. Por isso estou mais precavida. Comprei sapatos, veja só. Eu que descalça andava sem medo do chão que pisava. Não tem amortecedores ainda, tanto porque ainda estou andando, não correndo. Mas eu chego lá. Não tenho impulso suficiente p/ correr no momento. Afinal, para que a pressa?
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domingo, 28 de dezembro de 2008

O que fazer?

Domingo de sol. Logo pela manhã? Não sei lhe dizer. Aos domingos, e me orgulho muito disso, não acordo cedo. Por que me orgulho, afinal? São horas demais perdidas com o nada fazer, não? Mas o nada fazer dá uma força aos ossos. Regenera o corpo. Revitaliza a pele. Descansa os olhos. É muito bom o nada fazer. Mas, se passo 12h dormindo, não passo de certo 12h aproveitando a vida. Acho que vegeto ao invés de viver. Vivo, mas não aproveito. O que fazer?
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sábado, 27 de dezembro de 2008

Beleza relativa

Quando passo todos param. - “Bonita!”. - “Linda!”. Não é verdade. Se me olham, não me enxergam. É demais. Se não enxergam, não valorizam. É de menos. Sinto que ninguém nunca me verdadeiramente conhece. Como me conhecer? Nem eu mesma sei. Será que todos nós nos conhecemos verdadeiramente? Só sei que é sempre demais ou de menos.
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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

13 de dezembro

Ele me perguntou quanto era o vôo, eu respondi. Ele me perguntou o que fazer na cidade, que ele mesmo vindo várias vezes, nunca tinha ido ao Encontro das Águas ou ao Teatro. Falou que tinha ido ao Porão, que tinha adorado e eu adorei. Adorei conhecer alguém que aparentemente gostava das mesmas coisas que eu e, nossa, como ele era lindo! Falava engraçado, com muito sotaque e rápido, como se fossem seus últimos minutos. Era também muito tímido, embora falasse muito. Mas gostei. Gostei da timidez, gostei do jeito e gostei do papo. Não, não houve nada demais no papo, mas também não foi finito, porque, admito, tive medo de assim ser. Tive medo de o papo morrer no “E aí? Será que vai chover?”. Mas não foi o que aconteceu. Estou numa fase nova, que, assim como no inicio de todas as outras, me deixa com uma cara boba, ‘cara de criança indo para Disney’ e adoro isso. Ele é gaúcho também e sinceramente não sei se isso é bom, mas vou curtir, curtir bem muito esse inicio que sempre me é tão bom. Talvez, eu não esteja realmente indo para Disney, mas me deixa acreditar, pelo menos agora, que é para lá que eu realmente esteja indo.
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quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Jacaré

Uma onda me pegou de surpresa, me fez gritar, me fez correr. Me fez com muito esforço desistir do que me era seguro e deixar-me, por ela, a onda, ser levada.
P.S. ainda frutos do dia 13... AMANHA (ou hoje como queiram) NATAL! Prometo deixar um post programado ;*
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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Ela

Parecia alienada do mundo. Não reconhecia ninguém. Todos eram iguais para ela. Iguais a ninguém que lhe tivesse tamanha importância. Ninguém lhe comovia o coração e isso comoveu o coração dele. Como ela não o reconhecia? Logo ele que de imediato todos reconheciam? Ele queria a atenção dela. Logo a da única pessoa que não tinha.
P.S. postagem que pela ordem cronológica deveria ter sido feita no dia 13 de dezembro e com o título de Primeiro encontro ;]
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Você mudou

Eu que nada via e ele que nada sentia. Completávamo-nos. Necessitávamos da capacidade do outro. Supríamos a ausência de cada um.
Mas tudo que é bom um dia acaba...
- Você mudou.
Não, eu não mudei. Quem mudou foram teus olhos que agora me vêem diferente. Eu não mudo. Eu me transformo. Quando percebo já não sou mais quem era. Assim, de uma hora para outra, me transformo em algo que nem pensava em me transformar. Sou imutável, mas transformista. Alguém consegue notar a sutil diferença? A sutileza está nas raízes que permanecem as mesmas, cravadas nessa terra que me reconhece como estável e não instável beleza. Sou bem muito o que quero e não o que sou de certeza. Feri tantas pessoas que sei merecer ser ferida também de vez em quando. Já não sei mais o que falo. Já não sei ser mais quem sou.
- Você mudou.
- Eu mudei?
- Sim, mudou.
- O que mudou?
Ele não sabia dizer, mas sabia que algo havia mudado em mim e que mesmo inconsciente o incomodava.
- Como te incomoda se nem sabes dizer o que ao certo mudou em mim?
Mas havia mudado. Talvez ele, talvez eu, talvez nós dois.
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sábado, 20 de dezembro de 2008

7 meses

Palavras não ditas, encontros escondidos, sentimentos ignorados. Sete meses perdidos no tempo. Não foi de uma hora para outra que nos separou o Universo. Mas foi de repente que nos apaixonamos. Carência minha, tua, nossa. O mundo precisava de alguém para chamar de seu e eu precisava de um amor para chamar de meu. Não foi a primeira vez que dei um fim ao nosso relacionamento, mundo. Mas dessa vez creio ser definitivo. Quantas tardes desperdiçadas! Sabe como sei que dessa vez é para sempre? Não me preocupo com seu bem-estar mais. Isso significa que meu coração não quer mais te amar. Amar um mundo que não sabia (e continua não sabendo) se queria alguém para chamar de seu realmente ou eu somente eu.
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Novo capítulo

Dormi em paz hoje. E só notei isso quando acordei agora pela manhã. Nossa, como dormi bem. Pesado. Sem acordar uma única vez durante a noite. Estou me sentindo mais leve, embora sozinha. Será que tudo que vivi foi uma mentira? Não, não me arrependo. Não consigo me recordar de nenhum momento meu de grande arrependimento. Não sou guria de se arrepender. Foi bom enquanto durou, mas, verdadeiro ou não, não deu certo. Nem haveria de dar. Tempos na vida diferentes. Épocas erradas. Momentos divergentes.
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Sentindo inverso

E de repente ela que sempre fora otimista disse um não a todo o otimismo dele. Havia acordado assim. Sem esperança alguma no que quer que fosse. Não via mais nele seu grande amor. E não foi bobeira de um dia só ou uma só semana. Fora permanente. Não o queria mais. Mudara assim da água para o vinho. Nem ela mesma se reconhecia. Rotação nova. Sentido inverso. E o amor todo que sentia por ele? Sumiu. Sem mais nem menos. Não acreditava mais em coisas abstratas. Cansara de ter apenas o que sentia e nunca a tal da realidade concreta. Só experimentara a realidade pensada e por isso mesmo cansara. Ninguém acreditava nela. Ninguém confiava em alguém que não vivia. Pelo contrário, apenas esperava. Ele a fez esperar demais e de tanto esperar ela acabou esquecendo da vida. Do que fora um dia. Menina boba que saltitante corria atrás do que realmente queria, sem medo de cair. Sem medo de viver. Ele nunca a entendeu. Mas a admirava. Não possuía a mesma audácia e isso nele ela encantava. Não eram iguais, mas ela o completava. O que ela era antes, porque agora nada mais é. Só foi. Foi o que não é mais.
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mal-estar

Todos percebem meu mal estado. Não consigo forjar felicidade. Estou irritada. Não sei se por culpa dos hormônios ou por minha própria. Por certas decisões já tomadas. Não quero voltar atrás na minha palavra. Aliás, o que há de tão errado assim comigo, afinal? Estou diferente, mudada, muito da mal-humorada. Eu não era assim. Não sou, nem quero assim ser. O que você está fez comigo?
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Doeu

Doeu ouvir que não respeito o teu trabalho. Que eu não entendo que você está plantando suas sementes para assim depois colhê-las. Doeu ouvir o que eu já sabia: sou egoísta. Sem intenção, com intenção. Não importa, mas sou. Doeu te dizer: “Acabou”. Mas acabou. O que posso fazer? Pode não ter acabado? Pode, mas como saber? Não sinto tua falta, isso diz alguma coisa? Juro. É apenas dor de corpo ausente. Ah-há! Não sei mais o que dizer.
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Será?

Não sei o que pensar a respeito do que estou fazendo. Sei que melhor assim me sinto, mas não sei se estou indo por onde deveria. Sei que posso, caso contrário não estaria aqui caminhando. Mas não estou certa de absolutamente nada. Sei que não estou mal e que o pedaço que me fazia falta não mais me traz dor. Está exatamente onde devia estar. Mas falta a certeza. Será que é assim mesmo que tem que ser?
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Um misto dos dois

Pessoas sentiam tua falta, porque te seqüestrava constantemente e viam de longe com inveja que você me fazia feliz. Sentiam ciúmes assim como eu sentia, porque ser humano é assim: bicho egoísta. Ciúmes é um sentimento que todos nós já sentimos. Já a inveja é um sentimento que nenhum de nós deveria ter. Agora estou sentindo um misto dos dois: estou com inveja e ciúmes ao mesmo tempo de todos teus amigos que não sofrendo de orgulho ou arrependimento podem falar contigo como se nada tivesse acontecido. Mas aconteceu, não é, amor?
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ponto final ou seguido?

Olhos curiosos. Querem olhar. Olhei. Cadeira está incomodando. Quero levantar. Levantei. Pés estão coçando. Querem andar. Andei. Agora estou a cinco metros de você. Saudade está gritando. Quer que eu ultrapasse os cinco metros... Não ultrapassei. Orgulho fala mais alto. Afinal, fui eu quem o ponto final deu. Mas será realmente um ponto final ou apenas um ponto seguido?
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Meu mínimo de certeza

Para tomar uma decisão é preciso primeiro ter um mínimo que seja de certeza. Tenho o meu mínimo e já decidi. Fiz o que com um mínimo de certeza queria ter feito, mas agora o meu mínimo parece cada vez mais mínimo. Sinto falta, sim, embora seja mais das conversas do que de qualquer outra coisa. Será que estou fazendo o certo? Pela primeira vez, estou sentindo algo que nunca havia sentido antes. Quero minha independência. Não quero namorar. Veja só. Sempre gostei de namorar e sempre tive muito orgulho disso. Mas hoje pela primeira vez não quero mais. Não quero mais compromisso. Seriedade. Cansei. Afinal, sou muito nova para a vida não aproveitar.
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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Como criança que sou

Me dá um desconto
Me deixa cometer meus próprios erros
Caminhar com as minhas próprias pernas
Agir como quero
Me deixa solta, leve e boba
Ser criança infantil
Não criança adulta
Criança que tem medo do escuro
Que não come o que não quer
Faz birra quando não tem do seu jeito
Criança que anda perdida
Sem saber para onde ir
Não sabe o que quer,
mas sabe muito bem o que não quer
Criança quer doce, quer emoção,
quer tristeza de vez em quando,
tanto porque nem tudo é só perfeição
Mas criança esquece às vezes disso
Esquece que nem tudo é perfeito e,
às vezes, até quando lembra
ainda insiste em querer
Porque criança é mimada
Sabe que tem alguém a de agrados lhe encher
e com muito amor ter prazer em mimar
Criança é esperta, um pouco boba,
mas não burra
Tanto que, às vezes,
olha com olhar de adulta
atitudes que nenhum adulto,
nem tão pouco a criança que é,
deveria aturar
Criança quer liberdade,
quer correr, brincar
Não venha você prender a energia de uma criança
com a caretice sem tamanho de um adulto como você.
posted by mente inconstante at 14:28 0 comments

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Claustrofobia

Preciso andar sozinha. Andar com as minhas próprias pernas, me sentir um pouco de todos, um pouco de tudo. Sentir que posso respirar meu próprio ar, mastigar com meus próprios dentes, ter força para tomar as minhas próprias decisões sem me importar tanto contigo, laço do meu coração.
P.S. Laço está apertando, gente. Laço está apertando até demais. Onde está o ar que não chega em meu pulmão? Ausência de ar. Falta de espaço. Volta para mim, solidão.
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sábado, 6 de dezembro de 2008

Saudade?

Minha saudade parecia mais intensa nas páginas do que agora que, na tua frente, aqui estou. Por que será?
Quando penso que me entendo, vêm os sentimentos a uma rasteira me dar. Entendo-te melhor do que a mim mesma.
Vai entender.
Sou garota normal, mas feita de complexos sentimentos. Já tive meus momentos ruins. Momentos nos quais até eu mesma me repeli.
Quis viver outra vida. Conhecer outro mundo. Desistir de existir.
Mas, assim como a felicidade, a depressão também passa. Nada é eterno. Amigos. São o melhor remédio para a depressão.
Quando você se entregar de vez a ela é porque desistido do poder dos amigos você vai ter.
Os amigos te distraem, te animam, te chateiam, às vezes, mas te completam. São de certo melhor companhia que a solidão.
Tive sorte de sempre ter por perto meus amigos.
De sempre ter sido querida pelos que comigo convivem.
Porque, caso contrário, não sei se aqui estaria.
Tenho um defeito. Não sei nadar contra a maré.
Por isso seria um perfeito alojamento para a depressão,
pois sei que se não fossem os amigos que tenho,
nenhuma força teria.
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Vai entender

Dói não te ver, corta meus ânimos
Não adianta, não consigo
Por mais que tente
Não consigo controlar meus sentimentos
Escrever não está adiantando
A dor continua
Dói o peito
Dói não te ter por perto
É uma vontade de chorar entalada na garganta
Preciso de ti
Preciso de ti, guri
A solidão é uma companhia insuficiente para mim
Sempre foi
Falta alguma coisa
Falta você
Não consigo ficar sozinha
Pior
Sozinha estando acompanhada
Vai entender.
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Feliz?

Vai entender o coração. Estou feliz, mas falta alguma coisa. Não sei ao certo o que, mas falta. Esqueço-me que nada é perfeito, que ninguém é feito de qualidades somente. Mas como explicar isso ao coração? Idéias, conceitos estabelecidos em nosso inconsciente, irraizadamente imutáveis. Não consigo mudá-los. Lembro-me que estou errada, brigo comigo mesma por assim pensar, mas não adianta. Nada parece mudar. Falta algo. A perfeição talvez? A perfeição COM CERTEZA.
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Deadlines

Meus pensamentos vêm em fragmentos. Pequenos. Sem fim, nem começo. Não consigo controlá-los. Não controlo meus atos, imagine meus pensamentos. Sorte eles quererem se libertar de mim e saírem vez ou outra sem força alguma. Mas são essencialmente incontroláveis. Exponhem-se quando querem e não quando são por outros mandados. Uma vez tive um sonho. Mas nem nos sonhos eles eram mandados por esta que vos fala. Era uma escritora. Escritora famosa, mas que por ter brigado com seus pensamentos havia perdido sua fama. Não conseguia cumprir deadlines. Como ser famosa assim? Sonhos são reflexos de nossos medos. Tenho medo de deadlines? Não, nem os conheço. Mas tenho medo. Medo de, quando conhecê-los, não conseguir me entender com eles.
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