Apenas por pessoas de alma já formada

sábado, 29 de setembro de 2012

Sem resposta

Achas que vou te esperar por quanto tempo mais? Não vês que estou completamente perdida sem ti em meu dia-a-dia? O que enxergas, quando queres, é apenas a presença, porque a alma se distanciou e já não sei mesmo onde encontrá-la. Ela se recusa a voltar, enquanto tu não estiveres permanentemente ao lado. A alma precisa de vigia e eu, veja bem, preciso de ti. Será que não entendes? Mudo a decoração do quarto, mas esqueço o coração.
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Carona

Entro em seu carro, mas algo parece errado. Não havia saudade? O cumprimento é tímido. Meus olhos fixam-se no painel, falando qualquer coisa sobre o cotidiano, no entanto nada relevante o bastante para aquele momento. Se eu te assaltasse um abraço, tu me olharias assustado. Teus olhos me acusariam: louca!, mas tua boca abrigaria um sorriso e meu peito inflaria. Felicidade. Eis o sentimento ausente em nosso encontro.
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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Errante

Escapo por fim das amarras para seguir na inércia real de meus sentimentos nulos. Há sangue nos olhos e quase nada nas veias. Assustar-me-ei ao perceber a vida? Respiro sem saber. Entenda. Não respondo a teus chamados pois significaria dar-te algo que me exigira em simplesmente estar parado a fitar-me. Dar-te uma resposta seria ter ouvido a pergunta, quando de fato nada ouço. A estática me devolve a ti e penso se existe realmente isso a que chamam de destino. Há a promessa do amanhã? Não apago o candelabro pois há o temor do que possa me ocorrer durante o sono. Estarei inconsciente, mas posso de repente acordar e, uma vez impossibilitada de ver, esquecer-me o fato. Apago eventos da memória, mas nunca o que realmente me fere. Escapa-me o não-ter.
posted by mente inconstante at 00:01 1 comments