Apenas por pessoas de alma já formada
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
A verdade
Eu não confiava nele e essa era a verdade que me impedia de mergulhar nessa aventura. Eu sentia medo e, pior, não sabia se estava disposta a correr os riscos que aquela altura representava para mim. Ele é lindo demais! E eu? Nada além de uma reles garota. (Eu sou comum demais para não me sentir insegura.) Eu não quero ser traída e pior me apaixonar por um traidor. Então, resolvi sumir. Não atendi mais seus telefonemas ou respondi suas mensagens. Sei que seria melhor dizer logo em alto e bom som que acabou, mas preferia fugir e ele como caçador que é adorou ter que perseguir a presa fácil aqui. Um dia, ele me encurralou. Invadiu minha casa. Eu não tive como fugir.
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Meu irmão falou inocentemente, logo depois que vi meu caçador esparramado no sofá de minha casa:
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- Nós estamos jogando PS3, você quer jogar também?
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Então, era assim que ele iria comprar meu irmão? Com jogos? Meu caçador me olhou como se lesse meus pensamentos. “Isso mesmo, agora você não tem mais para onde fugir!”, mas eu tinha meu quarto. Ele não conseguiria invadir o meu quarto. Não enquanto eu estivesse aqui. E não invadiu.
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Depois de algum tempo, eles foram embora. O Marcelo e meu irmão. Eu não fiquei feliz. A tensão parou no instante em que eles cruzaram a porta de minha casa, mas havia algo errado em meus sentimentos. Meus pés bateram no chão em um ritmo constante (claramente ansiosa) durante todo o tempo em que meu caçador esteve esparramado naquele sofá. Pensei que, depois de ter ido finalmente embora, eu ficaria feliz, mas não fiquei. Pareci, pelo contrário, decepcionada.
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Depois de um capítulo inteiro de The Big Bang Theory, houve uma batida na porta.
- Rapunzel! - alguém gritou. Ele. Quem mais seria?
- Você esqueceu algo? - eu atendi a porta, preocupada com a ansiedade em seu rosto. - Celular, carteira, o que foi?
- Só isso. - disse, dando-me um beijo imediato, impedindo-me de sequer reagir. - Não foge mais de mim. - ele me pediu, depois do beijo que tirou meu fôlego.
- Eu... eu... eu não estou fugindo. - falei ainda um tanto atordoada por seu beijo arrebatador.
- Está, sim. - ele contrabateu.
- Não. Eu lhe disse que não queria mais. Eu não quero nada sério agora, Marcelo.
- Nem eu. É só diversão. Nós não precisamos complicar nada. - prometeu ele despreocupado.
-Você não entende. Eu não sou assim. Eu complico tudo. Eu não sei me divertir sem tornar tudo sério.
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Ele olhou no fundo dos meus olhos e me deu outro beijo. Depois disse:
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- Então, tá. Complica minha vida. Eu estou te dando autorização para bagunçar minhas estribeiras.
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Eu ri, não levando suas palavras a sério. Nós trocamos mais alguns beijos, mas não demorou muito. Ele se foi. Eu deixei ele partir. Ele me deixou ficar. Caçador conseguiu a presa. A caça deve ter perdido a graça para ele. Estranho como tudo ocorreu. Depois disso, quem sumiu foi ele.
(continua)
posted by mente inconstante at 22:27
8 Comments:
Ai, ai, ai...
A cada capítulo fico mais ansiosa pelo desfecho da estória...
Bjs
Nossa! Que lindo...
Vou ficar esperando o final
Bjus
Nossa que complicado!Pq sempre alguém some?kk
Mas tá maravilhosa a estória,esperando mais ainda pelos proximos passos.
Bjo
como assim sumiu...depois de tudo!
hehehehehhehe
esperando mais!!
Beijooos
Lindo e bem... real!
É sempre assim, a caça foge, o caçador a atrai... consegue sua presa e pronto!
Amei o jeito que você escreve... Seguindo ;*
Ahhh espero que no final tudo ocorra bem
ihihi.. eu parei pra ler e não me arrependi!
gostei dessa estória... menino oportunista ehm e a moça lá toda pronta pra se entregar... mas tem medo... hum, mto bacana tua escrita!!
até!!!
Ai, fico doida pra saber a continuação. rsrs
Aproveito para te convidar para conferir a reforma que fiz no blog. O 'Não solta a minha mão nunca, tá?!' agora é 'Segredos de Travesseiro'. O conteúdo continua o mesmo, mas agora está mais com a minha cara. Espero que vc possa visitar a minha nova casa :)
beijos
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