Apenas por pessoas de alma já formada
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Boba da corte
Fui sua bailarina por muito tempo. Cegamente acreditava que era realmente assim que você me enxergava. Pura ilusão. Descobri na realidade que eu não passava de uma palhaça em seu picadeiro e isso custou-me as asas. Sim, eu era uma bailarina que voava, tudo para alcançar seu amor. E meu soldadinho de chumbo nada mais era que um sapo disfarçado de príncipe que de encantado nada tinha. Nunca teve. Mas em terra de cego quem tem olho é rei e você vendou meus olhos por muito tempo. Pensei que eram raios solares a luz do luar. Tolamente. Mas houve uma promoção com o passar dos anos, de palhaça à boba da corte. E não era tudo o mesmo, só mudava o nome? Um beijo para transformar o sapo. Nem com o melhor feitiço. O sapo nunca teve sangue azul.
posted by mente inconstante at 19:31
1 Comments:
O amor nos transforma até que ponto para que possamos agradar a pessoa que amamos? Sacrificar a nossa identidade é uma prova de amor ou é o aniquilamento do amor próprio? Teu texto me inspirou muito, acho até que vou escrever sobre isso. E é por isso que eu adoro aqui!!!
Beijos.
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