Apenas por pessoas de alma já formada

domingo, 18 de julho de 2010

Grand finale

- Eu estou na frente da sua casa. Será que a gente podia conversar? - eu olhei pela janela da frente. O Alexandre realmente estava lá. Não se encontrava apenas do outro lado da linha no celular em minhas mãos. Ele estava na frente da minha casa! Ele já tinha visto o carro do Fernando, então. Provavelmente teria batido direto na porta, mas achou melhor avisar, após notar que eu não estava sozinha. Não havia como fugir. Eu o deixei entrar, sem me preocupar em esconder o Fê, embora fosse exatamente o que eu queria ter feito.
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- Será que eu podia conversar com ela a sós? - o Alê perguntou para o Fernando e eu pude sentir o quanto aquela inversão de papéis estava sendo difícil para ele.
- Claro. - o Fê respondeu. - Eu te ligo depois. - ele me disse e partiu, dando-me um beijo na bochecha. Quando o som de seu carro se distanciou, o Alê olhou bem no fundo dos meus olhos e perguntou:
- Por que o Fernando, V? - o jeito como suas palavras foram ditas cravaram meu coração como espinhos grossos demais perfurando minha frágil pele. Eu odiava vê-lo naquela situação. O que foi que eu fiz?
- Não foi nada planejado. Nós havíamos bebido demais.
- Vocês estão lúcidos agora. - mais espinhos jogados em mim. Outch! Acho que mereci. Fui sincera, era o mínimo que eu podia fazer naquele momento.
- É, e esse é o problema, Alê. É que foi bom. - eu olhei nos seus olhos ao dizer isso e vi a pergunta se formar em seu rosto:"melhor do que com a gente?", e minha resposta pesada: "você sabe que sim".
- A gente não controla química, não é? - ele disse pesaroso.
- Mas controla com quem a gente deixa ou não de ficar. Eu sou a errada em toda essa situação, Alê. Desculpa? Você nunca vai me perdoar, não é?
- Vocês vão ficar juntos?
- Isso vai influenciar seu perdão?
- Não, porque não há o que perdoar, V. Eu só não sei se eu vou conseguir conviver com isso. Vocês, dois, juntos.
- Você ainda gosta de mim?
- Claro que sim.
- Mas só como amigos?
Ele ficou calado. Não respondeu. Minha pergunta soou como uma afirmação.
- Foi realmente tão bom? - ele queria que eu dissesse mais detalhes?
- Eu não quero falar sobre isso. - não caí em sua armadilha.
- É, nem eu quero ouvir.
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Nós sentamos no sofá da minha sala de estar. Um ao lado do outro. Nós não tínhamos sentado durante todo esse diálogo. Estava passando um filme que amávamos, quando ligamos a TV:
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- Jimmy Bolha! - exclamei com empolgação.
- É um dos meus filmes favoritos. - ele comentou.
- Sim, eu sei. - eu sabia tudo sobre ele. Éramos amigos antes de tudo.
- Do Fernando também. - ele me olhou por alguns segundos, depois pegou seu celular. Nossas ideias se cruzaram. - Fernando? É o Alexandre. A gente tá precisando de pipoca. Lembra de Jimmy Bolha? Eu e a V estamos assistindo. Chega mais. - e foi o que fez. O Fernando chegou. Nós passamos a tarde juntos. Nós três. O Alê não existe. Ele nos perdoou.
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posted by mente inconstante at 12:28

4 Comments:

OWN que fofo! O Alê os perdoou! Adorei!

Bjão ^.^=

19 de julho de 2010 às 21:07  

lindo lindo lindo (: amo finais felizes, queria que o meu acontecesse igual a um dos seus textos *-*'
Vou deixar o blog e vim me despedir. Obg po tudo Vanessa, você e a Ceci são as mis especia <3'
Beijos :*

20 de julho de 2010 às 13:51  

Coitado do Alê, fiquei com uma super pena dele, imagina a dor que ele devia estar sentindo ao ligar pro Fernando?
Adorei o blog, beijão.

21 de julho de 2010 às 20:05  

Nossa que bom que tudo acabou bem!
Sempre acho que vai acabar tudo mal :P

21 de julho de 2010 às 22:33  

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