Apenas por pessoas de alma já formada
terça-feira, 7 de julho de 2009
Presente de grego
Ela ganhou um presente. Mas lhe informaram, antes mesmo de dá-lo, que o que havia naquela pequena caixa azul, envolvida por uma vermelha faixa de cetim, poderia crescer e de pequeno nada mais ser. Ela o aceitou. A curiosidade era grande. Podia depois joga-lo no lixo, se não mais o quisesse. No entanto, com o tempo, tudo mudou. Ele realmente cresceu e a menina nada pôde com ele. Nem jogá-lo fora. No lixeiro de seu coração não havia nada. Esse órgão que pulsava dentro dela insistia em não jogar nada que nele esteve. Mesmo que, o que nele esteve, continue deixando feridas toda vez que é simplesmente pensado. Ele cresceu e ela não conseguiu jogá-lo fora. Era grande demais para em uma lixeira caber. Fez, então, o que ao seu alcance estava. Cortou-o em várias pequeninas partes e foi excluindo-as aos poucos. Mas não conseguiu excluir tudo. A parte maior teve que dentro dela ficar. Aquela que conforta e ao mesmo tempo magoa. Aquela que alegra e ao mesmo tempo entristece.
Dentro dela ainda ficou a saudade.
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posted by mente inconstante at 14:33
5 Comments:
É. Eu tenho um presente desses!
;*
Sempre depois de um presente desses fica uma grande saudade...
AI, QUE LINDO FICOU ESSE TEXTO! D:
ai, a saudade... a saudade que te faz lembrar e ter vontade de ter o presente completo de novo ):
Saudade...
Tem saudade que é boa, nos faz rir ao lembrar de algo/alguém que ficou no passado, que nunca mais vemos ou vivemos a tal situação. Tem saudade que é ruim, que magoa, nos aperta, incomoda, não se esvai.
Lindo, muito lindo seu texto. :*
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